Vida calma, boa alimentação e exercício físico contribuem para melhorar envelhecimento (21/3/2012).
O
processo de envelhecimento deve-se, em parte, ao encurtamento
progressivo das extremidades dos cromossomas, um dano irreparável, que
pode ser prevenido com uma vida calma e saudável, alimentação correta e
exercício físico, refere um estudo, citado pela agência Lusa.
"Sabemos que o stress, mesmo o psicológico, pode levar a uma aceleração do encurtamento dos telómeros e fazer com que haja envelhecimento acelerado", explicou esta segunda-feira à Lusa o investigador João Passos, da Universidade de Newcastle.
"Sabemos que o stress, mesmo o psicológico, pode levar a uma aceleração do encurtamento dos telómeros e fazer com que haja envelhecimento acelerado", explicou esta segunda-feira à Lusa o investigador João Passos, da Universidade de Newcastle.
A qualidade de vida, a alimentação e o exercício físico "têm benefícios" em relação à biologia dos telómeros.
"Se melhorar as condições de vida, se tiver uma vida saudável, é possível prevenir encurtamento e danos nos telómeros e isso contribui para um melhor envelhecimento, para um envelhecimento com mais saúde", especificou João Passos.
"Se melhorar as condições de vida, se tiver uma vida saudável, é possível prevenir encurtamento e danos nos telómeros e isso contribui para um melhor envelhecimento, para um envelhecimento com mais saúde", especificou João Passos.
O
trabalho da equipa de cientistas, liderada por João Passos, veio dar
mais pistas para uma maior compreensão do processo de envelhecimento e
foi publicado na revista Nature Communications.
As células do corpo humano dividem-se para substituir as células desgastadas ou danificadas. Durante esta divisão, cópias do material genético são passadas para a geração seguinte.
As células do corpo humano dividem-se para substituir as células desgastadas ou danificadas. Durante esta divisão, cópias do material genético são passadas para a geração seguinte.
Estudos
anteriores demonstraram que os telómeros encurtam cada vez que uma
célula se divide, um processo que tem sido associado ao envelhecimento,
pois as células são incapazes de dividir-se quando os telómeros atingem
um comprimento mínimo.
"Aquilo que o nosso estudo mostra é que, contrariamente ao que se pensava anteriormente, não é o encurtamento dos telómoros, por si só, que leva ao envelhecimento, mas existe algo especial acerca dos telómeros que faz com que não consigam ser reparáveis quando danificados", referiu João Passos.
"Aquilo que o nosso estudo mostra é que, contrariamente ao que se pensava anteriormente, não é o encurtamento dos telómoros, por si só, que leva ao envelhecimento, mas existe algo especial acerca dos telómeros que faz com que não consigam ser reparáveis quando danificados", referiu João Passos.
Os
especialistas defendem que deve estudar-se doenças associadas ao
envelhecimento, e não somente o envelhecimento em si, porque o tempo que
passa é o factor de risco predominante em muitas doenças como
Alzheimer, Parkinson ou diabetes e sabe-se que o encurtamento dos
telómeros também está relacionado com essas patologias, esclareceu o
investigador.
Já estão a ser estudadas terapias para tentar eliminar as células que perdem a capacidade de regeneração, mas é algo "ainda bastante complicado", reconheceu.
Já estão a ser estudadas terapias para tentar eliminar as células que perdem a capacidade de regeneração, mas é algo "ainda bastante complicado", reconheceu.
A
população está a envelhecer, ou seja, vive-se mais tempo e o número de
idosos aumenta face ao total de habitantes, uma situação comum a vários
países europeus, como Portugal ou Reino Unido, ganhando mais relevância
perceber o processo e tentar evitar os danos nas células e as doenças
associadas.
"Grande parte da população tem mais de 65 anos, nunca na história da Humanidade estivemos perante uma situação igual, o que traz imensos problemas do ponto de vista económico e social", por isso o investigador salientou ser importante "melhorar a vida das pessoas mais idosas e tentar fazer com que estejam activas o mais tempo possível".
"Grande parte da população tem mais de 65 anos, nunca na história da Humanidade estivemos perante uma situação igual, o que traz imensos problemas do ponto de vista económico e social", por isso o investigador salientou ser importante "melhorar a vida das pessoas mais idosas e tentar fazer com que estejam activas o mais tempo possível".
Neste
estudo, a equipa liderada por João Passos recebeu também as
contribuições neste de Francisco Marques, da Universidade de Newcastle, e
de Clara Correia-Melo, do Programa Doutoral GABBA da Universidade do
Porto, em colaboração com a Universidade de Newcastle.
Fonte:
RCM Pharma
Nenhum comentário:
Postar um comentário