Como a água pode influenciar na atividade física?

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriram que a falta de preparo físico não seria a única razão pela qual muitas pessoas ficam acabadas, digamos, antes da hora.

Depois de observar voluntários sob várias condições adversas e reunir uma série de dados, eles concluem em um estudo recente: um dos maiores contribuintes para a fadiga precoce é a desidratação.

“Quando nos exercitamos, existe uma boa demanda dos músculos por substâncias como glicose e oxigênio. E a água ajuda a transportá-los”, explica o fisiologista Orlando Laitano. Com pouca H2O disponível, esses materiais têm dificuldade para chegar ao seu destino – e, assim, falta energia para as pernas se movimentarem.

Essa desidratação local afeta a vinda de nutrientes essenciais à construção das fibras musculares, a exemplo da proteína. Aliás, até essas estruturas também são compostas de água. Privar-se dela, portanto, é ficar sem matéria-prima para formar mais fibras. Outro motivo para a recuperação ficar lenta quando o tanque está vazio.

O músculo depende de determinados sais minerais e – adivinhe! – água para realizar toda e qualquer contração. “A precisão e a suavidade do movimento diminuem significativamente se o indivíduo não bebe o suficiente. Isso, por si só, já aumenta a probabilidade de uma lesão”, alerta o médico do esporte Jomar Souza.

Para piorar, reservas aquosas abaixo da necessidade mexem inclusive com o desempenho do cérebro. “Os sinais enviados por ele para comandar determinada ação, como levantar uma barra ou chutar uma bola, perdem qualidade”, reforça Emerson Silami Garcia, profissional de Educação Física.

Goles na (sua) medida

O senso comum prega que se aja de acordo com os sinais do corpo. Em outras palavras, esvaziar a garrafinha no momento em que a boca ficar seca. “Mas hoje existem pesquisas revelando que o estágio de desidratação já se encontra avançado quando a pessoa percebe a sede”, contrapõe Ricardo Nahas, médico do esporte.

Os profissionais que trabalham com atividade física são unânimes: a hidratação deve ser individualizada, até porque há quem transpire mais do que outros ou viva em um local frio, onde naturalmente se sua pouco. Daí que os especialistas muitas vezes preferem recorrer a uma conta matemática simples: subtrair o peso corporal antes do exercício pelo obtido ao término dele. O saldo final é o tanto de água que precisa ser tomada ao longo da ralação seguinte.

Infelizmente, não dá para só encher a barriga d’água antes de correr. “O sistema digestivo não consegue funcionar com um volume grande de líquidos e, inchado, causa desconforto”, explica Silami Garcia. Lançar mão de um cantil e dar uns bons goles a cada 15 minutos costuma resolver a questão. Bem hidratado, seu corpo – e, claro, seu desempenho – vai longe.

E as bebidas esportivas?

Elas oferecem uma mistura de carboidratos e sais minerais, que se esvaem durante pedaladas e corridas. “Mas só são recomendadas para atividades físicas que excedam uma hora de duração”, prescreve a nutricionista Patrícia Bertolucci.

O manual da hidratação

Saiba o que fazer para se exercitar sem deixar a secura tomar conta do organismo:

Antes: Nas duas horas que antecedem o momento da malhação, ingira de 250 a 500 mililitros de água. Evite refrigerantes, bebidas alcoólicas e, ainda, alimentos muito pesados.

Durante: A cada 15 minutos, beba de 125 a 250 mililitros. Se a atividade durar mais do que 60 minutos, água de coco e isotônicos podem ser uma boa opção, mas vale consultar um especialista.

Depois: Urina escassa e amarelada é um sinal claro de desidratação. No caso, lance mão de uma balança para saber quanto perdeu de peso. Então, basta repor na mesma medida.

FONTE: Revista Pilates        

Como gerar mais músculo levantando menos peso.

 

Quer ganhar músculos, mas tem preguiça só de pensar no peso que você vai ter que levantar na academia?

2 de maio de 2012


Como gerar mais músculo levantando menos peso
Como gerar mais músculo levantando menos peso

Quer ganhar músculos, mas tem preguiça só de pensar no peso que você vai ter que levantar na academia? Agora você tem um bom motivo para começar os exercícios: você pode conseguir mais músculos levantando menos peso, mas com mais repetições.



O treinamento de peso em menor intensidade, mas com mais repetições, pode ser tão eficaz para ganhar músculos do que exercícios de levantamento de peso mais extremos, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade McMaster, no Canadá.



Pesquisadores descobriram que contrações musculares de alta intensidade, com a elevação de cargas pesadas, não é o único tipo de exercício que gera grande desenvolvimento muscular. No estudo, homens jovens que treinaram com menor intensidade de peso e maior número de repetição dos exercícios, até a fadiga, foram igualmente capazes de estimular as proteínas musculares como quem treina pesado, mas sem tantas repetições.

Um benefício adicional do treino de baixa intensidade é que as repetições mais elevadas, necessárias para atingir a fadiga, também são benéficas para sustentar o resultado da construção muscular por mais dias. 


Fonte: hypescience.com



Vida calma, boa alimentação e exercício físico contribuem para melhorar envelhecimento (21/3/2012).

O processo de envelhecimento deve-se, em parte, ao encurtamento progressivo das extremidades dos cromossomas, um dano irreparável, que pode ser prevenido com uma vida calma e saudável, alimentação correta e exercício físico, refere um estudo, citado pela agência Lusa.
"Sabemos que o stress, mesmo o psicológico, pode levar a uma aceleração do encurtamento dos telómeros e fazer com que haja envelhecimento acelerado", explicou esta segunda-feira à Lusa o investigador João Passos, da Universidade de Newcastle.
A qualidade de vida, a alimentação e o exercício físico "têm benefícios" em relação à biologia dos telómeros.
"Se melhorar as condições de vida, se tiver uma vida saudável, é possível prevenir encurtamento e danos nos telómeros e isso contribui para um melhor envelhecimento, para um envelhecimento com mais saúde", especificou João Passos.
O trabalho da equipa de cientistas, liderada por João Passos, veio dar mais pistas para uma maior compreensão do processo de envelhecimento e foi publicado na revista Nature Communications.
As células do corpo humano dividem-se para substituir as células desgastadas ou danificadas. Durante esta divisão, cópias do material genético são passadas para a geração seguinte.
Estudos anteriores demonstraram que os telómeros encurtam cada vez que uma célula se divide, um processo que tem sido associado ao envelhecimento, pois as células são incapazes de dividir-se quando os telómeros atingem um comprimento mínimo.
"Aquilo que o nosso estudo mostra é que, contrariamente ao que se pensava anteriormente, não é o encurtamento dos telómoros, por si só, que leva ao envelhecimento, mas existe algo especial acerca dos telómeros que faz com que não consigam ser reparáveis quando danificados", referiu João Passos.
Os especialistas defendem que deve estudar-se doenças associadas ao envelhecimento, e não somente o envelhecimento em si, porque o tempo que passa é o factor de risco predominante em muitas doenças como Alzheimer, Parkinson ou diabetes e sabe-se que o encurtamento dos telómeros também está relacionado com essas patologias, esclareceu o investigador.
Já estão a ser estudadas terapias para tentar eliminar as células que perdem a capacidade de regeneração, mas é algo "ainda bastante complicado", reconheceu.
A população está a envelhecer, ou seja, vive-se mais tempo e o número de idosos aumenta face ao total de habitantes, uma situação comum a vários países europeus, como Portugal ou Reino Unido, ganhando mais relevância perceber o processo e tentar evitar os danos nas células e as doenças associadas.
"Grande parte da população tem mais de 65 anos, nunca na história da Humanidade estivemos perante uma situação igual, o que traz imensos problemas do ponto de vista económico e social", por isso o investigador salientou ser importante "melhorar a vida das pessoas mais idosas e tentar fazer com que estejam activas o mais tempo possível".
Neste estudo, a equipa liderada por João Passos recebeu também as contribuições neste de Francisco Marques, da Universidade de Newcastle, e de Clara Correia-Melo, do Programa Doutoral GABBA da Universidade do Porto, em colaboração com a Universidade de Newcastle.
Fonte:  RCM Pharma